sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Afogar.

Triste.
Um velho cão triste e desalmado.
Com calos de rejeição,
diga-se de passagem que é uma rejeição provocada.
Ranzinza e gozador.
Introspectivo.

Na época de júbilo dos povos,
o único júbilo é a mulher,
a bebida e os cigarros.
Os escritores e os músicos também.

Mas isso é comum a vida toda.

E como é que a minha vida não é jubilosa?

Estou começando a desconfiar que eu sou uma ilha.
Ser uma ilha, em si não é uma coisa ruim,
mas o que cerca essa ilha pode ser.
No meu caso, merda.

Antes que aqueles leitores ávidos pela
bondade e tranquilidade de
espírito,
quase uma compaixão por mim,
venham me perguntar se a merda que me cerca
são eles, eu lhes explico.

À merda com tudo isso.

A merda é a merda,
vocês sabem do que eu to falando.
É o que vocês tanto falam,
o sêmen verbal que vem sendo cultivado com
péssima masturbação e
ejaculado em ouvidos atentos e
receptivos
para excrementos.
Relações sem porquê nem pra quê.

A merda que cerca essa ilha que vos fala,
e que está avançando cada vez mais para dentro da terra
é o arroto dado e escondido,
ou o arroto forçado.
Tudo a mesma merda.
A merda abundante também são os pais que
limitam os filhos sem pensar em
ensinar.
Limitam para que eles mesmo não percam as estribeiras
lidando com situações novas.

O pior tipo de merda é este,
que está bem na beira.
Te transformando em velho, preguiçoso, rabugento
e sem graça.

A merda é esta ilha também,
que não quer se entregar que é merda
por não saber o que fazer quando a outra merda avança.

Então, nessa época jubilosa
ficarei por aqui,
enquanto a maioria goza do gozo infértil,
gozarei do mesmo gozo que sempre procurei.
Se isso não acabar me afogando...

sábado, 17 de dezembro de 2011

E agora, quando a coisa
torna-se
mais

ri
a...

Quando a coisa torna-se mais séria,
eu descubro que na minha
nova
fa

lia

Encontram-se, nada mais
nada menos,
do que os sósias,
tanto do Dr. Gonzo,
quanto o sósia do
Bukowski.

Agora eu me pergunto...
devo amar a minha mulher?
Ou devo simplesmente pensar que aquele corpo esguio e
esperto
deve me
ignorar até o
fim dos tempos?

Problemas

Boa noite pra vocês.
Pra vocês que
assim como eu,
quando vem um filho da
puta
e,
oferece a mão para lhe cumprimentar ou
conhecer
sabe que cumprimenta só pela situação.

Boa noite pra vocês que
quando alguém mostra mais do que
o braço além da manga,
sabe como se portar.

É.
No decorrer desse ano
as pessoas vieram,
e vieram
e...
vieram.

E mais nada.

Por força, ou
talvez descuido
desses tais
deuses,
essas pessoas passara desapercebidas pela
minhas pessoa.

Desapercebidas não.
Elas sempre estiveram ali.
Enquanto você martelava pra lá,
elas martelavam pra cá.

A mínima que eu posso atribuir à
elas
é o simples e não-tranquilo
venham e chupem-
me.

Muitas vezes elas pesaram na minha mente,
mas hoje
olhando para trás,
eu estou aqui e,
elas ali...

Para quê melhor do que isso?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Falcatruas.

Corpo esguio.
O que sempre me deixou louco.
Por enquanto, o que
eu tenho pra dizer
é isto.

Na verdade não.
Eu achei que seria apenas isto,
assim como ela achou que teríamos
menos ainda.

Já tenho muito mais a dizer.

Não é só um corpo esguio.
É um corpo esguio que tem se encaixado
perfeitamente
ao meu.

E vocês pensam:
puta merda, corpo esguio...
deve ser modelo.

Eu vos digo,
já foi,
hoje é algo mais.
É mulher de opinião,
e tem as melhores pernas que já vi.

Sabe conversar,
e tem uns seios lindos.
Sabe ficar em silêncio,
e tem uns olhos muito
muito penetrantes.

Tudo isso sem falar no
seu
perfume.
Arrebatador.

E todo aquele José,
duro e exigente,
que se construiu um dia,
se desconstroi.

Por sua causa.

Trecho de O Homem Duplicado, de José Saramago

"... Tenho de confessar que não esperava tanto de ti, portas-te muito bem, como um homem, Sou um homem, Não negarei que o sejas, mas o costume tem sido ver sobreporem-se as tuas fraquezas às tuas forças, Portanto, é homem todo aquele que não estiver sujeito a fraquezas, Também o é aquele que as conseguir dominar, Nesse caso, uma mulher que for capaz de vencer as suas femininas fraquezas é um homem, é como um homem, Em sentido figurado, sim, podemos dizê-lo, Pois então digo-te eu que o senso comum se expressa como machista no mais próprio dos sentidos, Não tenho a culpa, fizeram-me assim..."

Trecho onde Tertuliano Máximo Afonso dialoga com o seu senso comum.

domingo, 30 de outubro de 2011

Por onde anda.

De fato, essa vida agitada não serve pra nada. É uma conclusão que eu tirei depois de muitas farras,
bebidas, cigarros e por fim pessoas. Hoje você está ai, eu estou aqui, mas também tem outra pessoa aqui.
Não sei se é a pessoa certa, mas ela, e só ela tem me dado a atenção que você e outras não me deram.
E não é só pela atenção humana, quase platônica que eu sempre corri atrás. Talvez seja mais pela atenção
da carne.
Essa você poderia me dar, mas sempre preferiu ficar ai na sua, e me manter na minha. O humilde sempre tinha que ser eu. O humilhado sempre fui eu.
Talvez eu pequei por ser sempre esse sentimentalista barato que pra você escreve. Já percebi que o que é de verdade não te atrai. A aparência sempre em primeiro lugar.
Primeiro as unhas e as fantasias, depois os beijos.
Mas eu ainda posso fazer uma homenagem a você. Vou la buscar mais gelo, colocar mais músicas pra rolar e acender o meu último cigarro. Ele vai queimar tão rápido quanto a minha paciência.

Era uma vez um sábio bobo, o problema é que ele era um libertino.
Porém sábio.

Não queira me agradar, muito menos venha acender os meus cigarros logo agora que eu tenho alguém que pode fazer isso por mim, e o melhor, sem se mostrar.

Já me acostumei com tanta bebida forte, por que não me acostumaria com merdas de mulheres fracas?
Não dá tempo pra ficar pensando nessas coisas que você tornou banais. Não dá mais tempo.
To num ritmo corrido, e com alguém que me acelera.

Você que já passou pela minha cama, na minha cabeça, devia valorizar isso.
Não é grande coisa, não sou grande coisa, mas já não é uma relação pra simplesmente ser jogada fora. Até porque eu sempre imaginei tudo no sentido mais platônico. Quase cristão, isto é fato. Só me esqueci que a moda agora é o halloween.

A moda agora é ser niilista, crente de que está certo. Se for pelas aparências (e claro que é) você está correta.
E você se pergunta... " aonde ele está com a cabeça?", mas antes você deveria se perguntar "aonde é que eu estava com a cabeça?"!

Agora minha cabeça está tranquila, deitada em uns seios, muito belos por sinal.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A confusão fica tão grande
incompreensível e feérica
que surge a real hipótese de
você ser simplesmente um
canastrão.

Uma pessoa de alma ruim,
um músico que vai improvisando
de qualquer maneira,
sem controle
do seu
instrumento.
E sempre sai alguma coisa.

Uma alma desgovernada e
maldosa.
Sagaz e sábia.
Sem pudor algum.
Uma lâmina que
além de cortar de ambos os lados
é jogada de um precipício
a cada vez que acorda.

E não se sabe porque.

Só se sabe que é algo
perigoso,
as vezes vergonhoso,
mas inevitável.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

É por um motivo que...

A bebida já nem fez tanto efeito.
Uma outra
que não é qualquer outra,
me apareceu e
vem aparecendo.

E agora, que você
homem
másculo
tenta se definir,
tem a
tão esperada chance
de se mostrar um cara
legal e
fi-el
(não lembro nem como se separa isso direito)
surge uma mulher muito,
mas muito linda e
muito, mas muito o seu jeito.

Sabe que...
não importa.

Tem o lance da espera.
Tem os lances dos
nuances,
as danças,
e finalmente os
beijos amassados.

Não falta muita coisa.
A única coisa que falta
realmente
é a segurança de
você estar
sempre aqui.

E eu não escrevo essas coisas
com frequencia,
até porque
sempre fui um cara
durão.

Quando bate forte,
qualquer coisa dá certo e
prossegue,
você fica tão bobo
que nem se da conta que
vai,
sim,
de fato vai ter
um fim.

Só espero que eu recobre meus sentidos
muito depois desse desfecho.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cabeças

Existem as mulheres que têm
fogo no rabo,
mas existem também as mulheres que têm
fogo nas ideias.

Em geral
eu fico com as primeiras.
Mas é muito chato você
mandar uma mulher calar
a boca.

Não sei se é a crise de
idade
que eu estou passando,
mas até em mulheres
mais novas
tenho procurado o segundo fogo.
O das ideias.

É chato mandar uma mulher tomar no cu.


Mas é mais chato ainda
no meio da foda
você não poder parar para
fumar um cigarro, ou
dar um mix.

Tudo tem sua hora,
ela diz.

E a hora de você
calar-se?
E a hora de você ver que
eu sou só mais um que
passou nos testes?

Escrever sobre sexo e rabos
e tal, me dá vontade de
escrever sobre uma só pessoa.
Mas eu não faço sexo só com essa pessoa.
(Na verdade eu nem fiz com ela, ainda)
Eu nem pego no rabo só de uma mulher.

E não me prendo nisso.
Pegar no rabo de várias.

Tenho me prendido nas cabeças
E não tenho perdido tempo

E não sei o que dizer.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Laranja.


Conheci um cara que adorava fazer sucos.
Um dia, conversando com ele, eu disse que conheci uns amigos que
estavam fazendo papel de laranja em uma
cena do tráfico.

Por azar, no outro dia
ele também conheceu os caras.

Sabe qual foi o desfecho?

O cara espremeu tanto eles,
que eles perderam a sua essência
como pessoas.
Eles eram laranjas,
tinham medo de ser de verdade.

Um cara mau.


Eu sentei ao lado da minha janela
só pra fumar o meu cigarro e
não deixar vestígios.

Fumei um, dois,
olhei pra esquina e vi um cara
com sua moto
e uma mulher sentada atrás dele.
A moto não dava partida.
E ele tentava e tentava.
Xingou as duas e,
não obteve resultado.
É tudo um lance de
confiança.

Você tem um cigarro
mas não tem o isqueiro.
É só mais um que você
não tem, novamente.

Levanta, vai até o armario,
pé por pé.
Sem deixar vestígios.
Encontra uma caixa de fósforos.
Há apenas o último.

Cigarros aos montes.
Um fósforo.

Venta.
E você não pode sair da janela,
nem para acender o cigarro.
Sua mãe assiste televisão no quarto
ao lado,
enquanto você fuma.
É tudo um lance de confiança.

A confiança é uma mulher.
Ingrata na maioria das vezes.
A bebida é a amante.
Generosa sempre.

A amante faz parte da traição.
Você é o fraco que
a cada trago
se torna mais
confiante.

Se a confiança for um item
in
dis
pen

vel,
e você for
mais um cara
chegado em mulheres diferentes
a cada noite,
você pode se tornar um viciado.

O copo está aí.
A confiança se tornou palpável.
Não é por isso que
o sucesso
está logo ali.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Eu acho

A tal da prudência
tão bem quista entre os
engenheiros, e baixareis, e
diplomatas e,
quem quer que seja
que não gosta do ácido
ou do sutil.

Pregam a prudência
com as mulheres
com a bebida e as drogas.
Mas uma calcinha vermelha com as bolinhas
brancas e
bem justinha
não merece prudência alguma.

Quem tem estilo
dá espaço para a prudência
somente nos momentos
que passam despercebidos.

Quem vê uma calcinha
ou um copo cheio e
não lembra da prudência,
tem o seu estilo.

Os homens tem por
principal desejo
domesticar uns aos outros,
cada um dentro da sua vaidade.

Os caras com estilo,
aqueles que ninguém sabe uma vírgula
sobre o que o cara caga ou come -
mas todo mundo quer, ou acha que sabe -
mantem-se por cima,
seja de ressaca,
dando bafo ou
caídos.

A prudência
acabou
quando eles saíram das suas mães e
começaram a ganhar o mundo,
e as calcinhas e os peitos.

Acabou quando eles aprenderam a escrever,
falar puta merda, encher o saco
e questionar qualquer bosta.

A prudência, pra esses caras,
acabou quando o primeiro copo cheio,
amargo, duro, gelado, envelhecido e
temido
foi seco,
sem relutância alguma.

Seus amigos e parentes
aconselham a
ser prudente.
Sempre vêm com aquelas estórias
de moral, e imagem.

E o estilo?
Aonde fica o estilo?

Pra vocês pode não ter,
mas todo ser imprudente
em certo ponto do ego
tem um estilo,
alimenta um estilo.
(Não vamos entrar em detalhes de opiniões.)

Alimentar um estilo imprudente
pode te tornar sexy e
perigoso.
Destrutivo.

Mas se for para destruir,
destrua da maneira mais emblemática possível.
Destrua do seu jeito,
com o seu estilo.

É como eu escrevendo.
É claro que eu estou me destruindo.
Todo mundo mete o pau em tudo isso aqui,
mas eu mantenho o meu estilo.
Não imponente,
muito menos bom.
Porém imprudente.

domingo, 31 de julho de 2011

Ilusões Perdidas

Coração de pedra,
fígado de plástico -parecia ter 2-
consciência de
vaso sanitário.

Como o coração era de pedra,
foi com uma pedrada que
você acabou com
tudo.

Como o fígado era de plástico,
não havia ocasião melhor pra eles
serem exigidos
ao máximo.
É a partir do comando do fígado que
O Palhaço entra em cena.

Como a consciência era de
vaso sanitário,
as cagadas sempre passaram
despercebidas.

Mas e agora?

A conquista,
foi um drible.

Parecia que ia,
mas não foi.
E a celebração ficou por parte dos
amigos da
aparência.

Nunca quis fazer tão certo,
e ao mesmo tempo nunca fez tão
estupida, ridícula, filhodaputamente
errado.

José, até quando?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

E faça-se a endorfina.

Euforia.
É isso ai.
Depois de tantas batalhas
empatadas,
tantas oportunidades de
escanteio, (eu era a bola)
aconteceu.

Agora só queremos
deitar e que
deitem do nosso lado.
Se encolham na mesma posição que nós.
Compartilhar o vinho,
Velvet Underground,
o ácido, e
os dentes.

As ideias?
Fodam-se as ideias.
Elas só trazem a discórdia.
Depois de tanto martelar
deixemos as idéias de lado.
É claro que elas divergem.
Deixemos as idéias pra
troca de alianças.

E a euforia
é gostosa.
Vamos fazer só
aquilo que nos vicia,
mais e mais
na endorfina.
Como da primeira vez
que nossos dentes se cruzaram.
E as línguas desejaram.
Não necessariamente uma a outra.

A carne faz correr
atrás.
Seus instintos femininos sempre te impediram
de correr.
Sempre te recomendaram a esperar-me.
Você sabia que eu ia me afobar.

A carne me fez correr tanto,
tropiquei.
Mas foi bom eu correr demais,
assim eu passei batido do seu lado
e espiei que havia
mais que carne
nessas coxas.
E nessa boca. Que boca.

Calcinhas, cabelos, coxas,
palavras, bunda, gestos, sotaques,
tudo isso me excita.
Não mais que a endorfina.

Quem traz ela pra mim,
me ganha.
Você tá no caminho.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mariana.

Na hora que eu precisei
você fingiu dormir.
É sim,
bem duro assim que eu começo.

Na verdade eu pretendo continuar
du-ro.

Quando eu estou duro as coisas são mais rápidas haha

Mas conversar com você
é legal,
muitas das minhas das minhas dúvidas são
sanadas,
por issso
mantidas.

Pra alguém me escutar
ou precisa ter um saco
do tamanho do de
Jesus
ou
precisa ser
amiga.

Não sou cristão.

A merda com isso tudo!

É aquela corrida que começa quando
você vê que ela tem algo
diferente.
Inevitavelmente você começa perdendo,
afinal de contas se você se interessou por ela
provavelmente ela não se interessou por
você.

É aquele lance de ego feminino,
que de tão óbvio que já está ficando,
invariavelmente nós homens, vamos
se foder nos joguetes.
Talvez por masoquismo ou
feitiçaria bem feita por parte
dela.

Não adianta se achar
inteligente, analista ou
machos.

Tem vezes que agente vai cedendo
a cada vírgula que ela fala,
sendo merda ou não,
e o que resta de dignidade
dentro de nós
vai sendo torcido, exprimido,
até que você se torna um covardezinho
dela.

E você sabe disso e
não faz nada.
Agora você é um covarde completo.

Não era necessário mandar ela comer bosta
ou desistir dela.
Isso não ia restituir a sua dignidade, e nem vai.
Quem sabe uns pensamentos firmes e convicções e
princípios e dignidade mantidos logo quando
trocaram a primeira idéia e...mas,mas, olha esse cabelo,
essa boca...

Sou covarde.

Acabou de ser provado,
mas é notícia velha. Olha essas artimanhas,
bruxarias e tal,
você sabe que se trata disso, resiste,
mas cai em todas haha
E o seu nome já entrega a minha derrota.

E eu me entreguei nas tuas mãos.

Que covarde José, vai-te a merda!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Decepções esperadas.

Dias atípicos
sempre que aparecem,
permanecem
dias.

Hoje vai ficar no
amanhã
de não ter o que fazer.
Amanhã vai ficar no
hoje, que você
tentou e tentou e
tentou transformar
num dia feliz.

Tinha tudo pra
não dar certo, mas
Personagem, como você é burro.
Como você cria expectativas em cima de
tudo e de
todas.
Não foram duas ou três vezes,
não foram apenas simples,
sempre foram intensas o suficiente
pra você aprender, Personagem.

O tumor chamado
burras spektativas
é mais forte que
a frieza.

Tomara que este inverno,
foda que vem sendo,
permaneça no meu
coração,
o suficiente apenas
pra eu terminar essas linhas.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Masturbar é tentar.

A arte de querer tudo
a de imaginar tudo
perfeito e a
ironia de tentar
surpreende-se
a cada passo dado
e encontrar o mesmo
nada de sempre.

Sou bom nessas artes.

O que não muda são os espaços vazios.
Me questionaram o que eu fazia para
preencher os espaços vazios
e eu cheguei a uma conclusão só hoje.
Me masturbo.
Corpo e mente.

Tudo não passa de busca por
enchimentos de espaços.

E ai você se masturba
sem perceber
e se distrai.

Tem tudo.
Tudo o que planejou deu certo.
Seus amigos estão aqui,
o cigarro, a bebida,
os grandes e molhados lábios
com toda a sua volúpia
prometida,
a casa sozinha,
a música,
e os atalho distrativos
à todo vapor.

O buraco permanece.

Se os aplausos não vêm
a inquietação não vai.

Admiro mais as pessoas que não têm
por instinto
a vontade de serem melhor do que
o outro.
Parecem estar cientes de que
por mais que se masturbem
dancem e transem,
por mais que atuem como uns
camaleões
um pássaro azul vai
continuar martelando,
tentando sair
e não pode.

Tentativas filosóficas frustradas.

É difícil conviver com elas.
E uma porção delas está chegando
nessa noite
na próxima
nas xanas
nos copos
nos corpos.

Criação de paixões platônicas.
Masturbação.
Redes sociais.
Masturbação.
Esporte.
Masturbação.
Pornô.
MASTURBAÇÃO.

Agora é a hora que vocês me aplaudem.

O buraco cresceu.
Vou cuidar dele.
Tchau.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Se acalmem,vai durar bastante.

Esses dias eu andei em um dos maiores caos do mundo.
É a pura verdade literal.
Não achei tão caos assim.

Tudo bem que eu estava quase dopado como
sempre, mas burro eu
não estava e
não
sou.

Esse caos do capeta,
é das pessoas.
O capeta,
não tem nada a ver com isso.
E é óbvio.

Por um acaso dos céus
não fomos nós que
ganhamos o livre
ar-bí-tri-o?

O caos é nosso.
Quem se dopa,
dia após dia
somos nós,
e procuramos mais
e mais, e encontramos
e não nos satisfazemos enquanto não criarmos
um novo estilo de
luta.
Batalhas campais por
um pé de
campo.

O copo está ali.
A bebida está pura.
A batalha é árdua, ,mas a recompensa é
boazinha.

O problema é que
geralmente se procura a recompensa que
praticamente
não existe.
Como um aumento de
5%
no salário, acompanhado de
5%
na passagem do metrô.

Dinheiro é recompensa.
Os céticos dizem que não,
mas se um dia,
um belo dia,
eles decidirem fazer a chuva cair e
tirar os seus chapéus de
filósofos,
certamente eles
reclamarão dos salários que recebem.

É pra isso que os gritos
estão aí.
Hoje em dia.

E daí você chega em casa,
da um beijo na sua filha,
na sua mulher,
cumpre o protocolo que
nunca foi criado por você.
Você já leu e criticou,
mas como é mais cômodo ficar na sua do que
tentar influenciar a sua filha,
você ignora os erros do protocolo e
aceita calado.
Você ficou na sua,
mas a filha também era sua.

E o caos permanece
com a sua ajuda,
no mesmo bendito lugar que foi
colocado.
Ele não existia.
Pediram.
Ele veio.
Pra ficar.

Eu conheci o caos ao lado de um
colega
que se tornou amigo,
pelo simples fato
do silencio que reinava
e não incomodava,
em meio a toda aquela balbúrdia e
metrôs,
e gritos,
e novelas,
e cobradores,
e ambulantes,
e gente,
e caos.

Não aconselho.
A matriz da humanidade já vem sendo criada
antes de cristo, e confirmada
com toda essa parafernália cinza.

domingo, 22 de maio de 2011

Pra vocês verem, boa parte da minha vida tem a ver com mulheres

Desejando, e assistindo, e buscando, e trazendo e principalmente
procurando. Fazem uns dias que não escrevo, então pensei que ia ter muita coisa pra falar, como de fato devo ter, mas até que as letras se aqueçam leva um tempo. Pra surgir alguma coisa na sua cabeça que, realmente mereça ser escrita, leva bastante tempo. Se você quer escrever um romance, que MERECE REALMENTE ser publicado, então você tem que ser um cara bom. Tem uns caras do século 19 que têm seus romances sendo impressos nos dias de hoje. E no futuro ainda serão.

Estou acostumando com a idéia de um emprego. Um emprego de formiga. Carrega, martela, lixa, traz, leva, cala a boca, chupa quieto, ri quieto, e espera pelo próximo dia. Dói. Mas é aquela dor que entra, permanece, convive e não mais do que isso. Nem aumenta nem diminui. Não da pra se conformar, mas você acaba se conformando.Tem dias que dá vontade de mandar tudo a merda. O chefe, os companheiros e o sócio. Mas você olha bem e, em casa, tem uma mãe te esperando, um pai te querendo, um irmão precisando e você fica impotente.

Pela minha cabeça, tem passado umas mulheres. Umas 3 em especial. As outras dependem da internet, e no ambiente de trabalho eu não disponho desta ferramenta. Voltemos as 3.

Uma delas aparece sempre que eu estou no jateamento ou ouvindo música. É um protótipo de mulher exemplar. Veja bem que, eu não disse perfeita. Mulher perfeita... não consigo ser irônico a esse ponto. Bunda grande, seios grandes, tatuagem, merda na cabeça, idéias um tanto interessantes, intensidade na cama e... o resto deixo por vossa conta haha.

A segunda aparece quando estou desesperado. Apelo sempre pra ela. E sempre rola. Mas sempre rola uma culpa e bem no meio do ato. Então, querendo ou não, estou a cortar-te. Apesar de todos os momentos incrívelmente fodas que você me deu, excitantes ao extremo, onde eu não sabia mais aonde colocar orgasmos, estou a cortar-te. Tomara que eu consiga.

E a terceira, é o corpo, o rosto, o jeito, e a malícia pornográfica. Sempre me aparece na escola,e, nos dias em que a filha da puta me vai com a calça que eu adoro, consegue me algemar o dia todo. Toma lugar das outras duas fácil. Apesar de que eu sempre prefira a primeira pelo conjunto da obra. Mas esta, a terceira, tem namoricos com um colega meu. Eu acho que ele não aproveita nem a metade do que ela é capaz, coisa que eu ja ia usufruir com a maior facilidade, tanto é o meu desejo e orgasmo acumulado. Eu era capaz de fazer esse corpo se apaixonar pelo meu pau, de primeira. Gravem o que eu estou dizendo, pode acontecer.

Voltando ao trabalho e a vida real, ta tudo na mesma. Ainda amo a minha guitarra, as minhas músicas e tal.(vou buscar uma vodca).

Semana passada fui a um bar de rock and roll. Um legítictimo Underground Rock Bar haha. E foi legal. Pra você ter uma idéia, foi a primeira vez na vida que eu volto pra casa com o sol crescendo bem na minha cara.
Eu havia bebido bastante, curtido muita música, enfim, estava no ponto. Mas não tenho muito a dizer sobre isso. Foi apenas mais uma noite boa, com boa companhia.

Esse lance de companhia que é engraçado. Você conhece a pessoa e pensa: "porra, esse cara eu quero freqüentar a casa dele quando for velho, ele é bem parceiro."
Peraí. Se acalme. Tenho amigos que fiz com 15 anos e agora com 19 não consigo nem chegar perto. E olha que eram amigos, dessa espécie, do tipo "pra sempre". Não rola. É dificil pra caralho. O melhor é você apenas conhecer os caras, conversar um tempo, se aproximar, e deixar que eles queiram a sua amizade. Quando você ver que eles merecem e querem realmente o tipo de amizade que você TEM para dar, ai você faz a sua parte.
Pode acontecer que eles mereçam, queiram, e você vacile. Sempre acontece comigo.

O bom é você se apegar em algo que realmente gosta há muito tempo. Comigo é o basquete. A guitarra. Os livros. A palavra.
Se apegando nisso, você pode descobrir grandes pessoas, que podem vir a ser grandes amigos.

Eu preciso encontrar alguma coisa interessante pra minha vida. Vai muito de sorte. Mas quanto a isso eu estou tranqüilo. Pra mim só é azarado quem conta com a sorte. Eu aprendi a não esperar nada das coisas ou pessoas.

De meia em meia hora um copo de leite e um copo de pinga. Vamos ver o que acontece.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Papapaparaíso.

Enquanto uns procuram algo que não tem
em algo que não existe,
outros procuram o real.
Cães, música, fígados e
suposições.
Suposições são reais,
o que se supõe pode não ser.

E os filhos da puta
um dia que não tinha nada de bom acontecendo
decidiram estragar com a festa que estava
por vir.

Beber não pode,
fumar também não,
comer alguém só por comer...
hahahhahah

Agora eu penso naqueles 
garotinhos e seus
velhinhos
santificados, abençoados, adorados e
de pau froxo.

Cortaram os embalos de muitas 
possíveis
belíssimas histórias 
de amor,
alegando fornicação.

As bucetas estão ali pra tudo isso.
Os filhos da puta sabiam disso.
E ADORAVAM TUDO ISSO.
Qual foi a deles?

Escrever o maior romance da história,
colocar uma pitada de ficção pré-científica,
histórias de terror com genocídios e
mágicas.

E quem não quer fazer desse jeito?
E quem não quer pensar desse jeito?
E quem gosta de estar no controle?

É tudo farinha do mesmo saco.
O inferno nos espera.

Mas eu tenho a plena consciência que
quando eu chegar lá,
vou encontrar o Sr. Einstein tocando seu violino,
o bigodudo Nietzche ironizando todo mundo,
o safado do Bukowski enchendo o cu de cerveja e vinho 
do porto,
Rousseau, Stephen Hawkin, Richard Dawkins,
uns poetas malandros, bons músicos,
todos os cachorros que estudavam na minha escola e que
de alguma forma foram esquecidos no livro
Esqueceram do lugar desses safados comedores de coxinha no paraíso.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Período do saco cheio.

Concursos. Faça um concurso e tudo ficará bem, tudo dará certo. Vai ganhar dinheiro suficiente para viajar quantas vezes quiser, ter uma família bonita, um carro que também tenha quatro rodas, celulares, chicletes, um labrador e canais por assinatura.

Se conselho fosse bom... Você realmente ouviria. Na verdade são umas merdas. As vezes é melhor que você se vire sozinho. Não peça conselhos, a não ser que você tenha estômago para isso. Ou um bom conselheiro. Com a família não da certo, já to sabendo.

Profissão não se escolhe. Ela vai surgindo e você vai indo. Se não surgir, ótimo (para os seres geniais). Se ela demorar, que se foda. Tenha paciência e explore mais um pouco as pessoas que te dizem que te gostam, afinal é pra isso que estamos aqui.

Com os meus 19 anos nas costas, que começaram a pesar agora pouco, minhas perspectivas não são nada ambiciosas. Não consigo pensar daqui a 10 anos. Isso é injusto comigo mesmo. Espero que meus próximos anos sejam tranqüilos, ninguém me cobrando demais, geladeira com cerveja, estudos tranqüilos, ninguém chato por perto e hobbys sempre em dia. Nada de guitarra parada.

Talvez eu aprenda a conservar algumas amizades, mas não sou muito otimista quanto a isso. Talvez umas 3 ou 4.

Eu precisava de um desabafo foda. Chapei de trabalhar na retífica, chapei da mecânica e de muita gente. Minha mãe não me interessa mais, meu pai e meu irmão também não. Mesmo se eu continuar nessa cidade vou me mudar. A idéia era ir pra longe, no mínimo 10 mil quilômetros. Mas fui me contentando com a idéia dos 120. Agora ja estou me contentando com a idéia dos 5. Só não quero me contentar com a idéia dos 2 metros de distância de algo que está se tornando uma tortura no próprio inferno. Ja estar no inferno não basta, existem fases que você é torturado regularmente e não há escapatória simples ou ao seu alcance.

É o preço que se paga por gostar de certos escritores e seu livros. Músicos e seus estilos. Pessoas e suas idéias.

Não raramente penso em me tornar um babaca. Um bostão, filho de papai que limpa a bunda com folha dupla e sai por ai pegando as filhinhas dos papais que têm portas como esposas. É, eu poderia tranqüilamente ser um desses caras. É muito tranqüilo ser um cara assim. Usam aqueles apetrechos de cavalos sem saber.

É, na verdade são como cavalos de corrida. E eu me arrependo por não ter nascido um. Tem o melhor tratamento possível desde que nasceram, comidas, bajulações, as melhores fodas, fama e só fazem isso.
Foda-se a cabeça cheia de cocô, ou o cocô que eles comem. Eles nem sabem do que se trata e são felizes.

Já você não. Você procurou saber do que se tratava, aprendeu, ainda quer aprender, tem essa porra dessa sede de conhecimento.

Eles nem sabem do que se trata e são felizes. Você quer saber do que se trata e é infeliz.

Estou cheio de dúvidas e com pouco dinheiro para responde-las. E digamos que os meus conselheiros não estão nem aí pro que eu penso. Tá, até se preocupam um pouco, mas já faz 19 anos que eles estão preparando esses conselhos, e agora, na hora de da-los, estão percebendo que não tem nada a ver com o pedaço de sonho que criaram nesses 19 anos.

 E minhas dúvidas persistem, e eu escrevo, Dylan fala, vontades correm, você não me abraça nessa noite do caralho, e o amanhã está ai e o medo aqui.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

O melhor cinzeiro do mundo é a janela

Vendo os carros passar. A porta trancada. Sua mãe no quarto, também trancada.
Na sua cabeça você constrói quantas mulheres você quiser. Com a altura e o cheiro que você tiver vontade.
Não precisa ser feia.

Olhando da janela ninguém é feio. Somente os carros, que se repetem inúmeras vezes. Mas as pessoas, passam a ter o aspecto que você desejar.Sempre caminhando em direção igual. Se é pra cima ou pra baixo, não faz a menor diferença. A vista é a mesma. O que muda é o cigarro que você queima, a idéia que surge e, quando a música acaba, ela evapora junto com a fumaça

Quanto mais densa melhor.

Quando você tem um vizinho que fuma um maço de cigarro por dia e, as cinzas dele se depositam sobre a tua janela, invariavelmente você tem a involuntária vontade de fazer isso com o vizinho de baixo.
O que será que o cara ali de cima está pensando? Certamente não tem nada a ver com o que você vai depositar sobre a cabeça do vizinho de baixo. Até porque o vizinho de baixo, você quer que seja o seu futuro sogro haha.

Desse jeito eu nunca vou poder saltar da minha janela. O que era utopia, torna-se...vontade suprema e vice-versa.

É como no vestiário do trabalho. Apesar de que uma pasta de dente seja uma coisa boa e...necessária, você não quer que a sua, justamente a sua, caia no amário do empregado de baixo. Até porque ele nem sabe do que se trata.

Ninguém sabe do que se trata a vírgula que o outro caga. Somente temos palpites. E palpites cheios de preconceitos e egoísmos haha. Quem não sabe disso?
O pior é que muita gente nem tem idéia. Estes são os futuros engenheiros da vida.Criadores de criações que há 20 séculos atrás, todo mundo tinha consciência que seríamos dominados por essas coisas IN-FE-RI-O-RES.

Pouca valorização da raça. O pior é que quem da um valor de tal maneira apropriado para a nossa raça de merda, está dando um tempo nos outros universos por aí. E quando volta pra cá, não tem nem chance de falar alguma merda. E não tem "moral" pra falar algo pra alguém que exige uma "moral" mundana e simplista.
Quem sabe a evolução foi muito generosa com a nossa raça e hoje somos monstros que se devoram no mesmo ritmo frenético de uma foda FODA. Nem isso merecemos mais, mas é o que mais procuramos.

A mente universal hoje é cheia de vampiros, silicones e canais de televisões privados haha.

Estou tentando conseguir uma vaga em qualquer jornal vagabundo por aí. Qualquer mil mangos que me paguem por mês, para escrever qualquer coisa que eu sempre escrevo, estarei satisfeito. Quero ter a minha cama, o meu quarto, a minha biblioteca, pagar a minha internet e encher a minha geladeira de cervejas.
Somos novos. Mesmo se o mundo acabar em 2012 ainda seremos novos.
A minha vizinha loira ainda é nova. E linda. Meu deus como é linda.

Quem dera todos nós termos vizinhas lindas como a minha pra podermos pensar duas, ou três vezes antes de jogar qualquer cinza sobre a cabeça de alguém. A nossa saída de escape são os outros. Despejamos o autoclismo cheio de podridão na orelha dos outros que, por sua vez, recebem, reproduzem, aprimoram e despejam e recebem e reproduzem e aprimoram e despejam e...

A janela liberta. Você sempre joga as cinzas. Ela nunca cai sobre quem está passando.

sábado, 16 de abril de 2011

Demoras e enrolações

Caramba.

Ela me deixa estranho.
Seu cabelo loiro me deixa com vontade.
Seu olhos azuis então nem se fala.
E a sua idade
me deixa
confuso.

Corpo rijo.
Já esta certo.
Aprovado e carimbado.
A minha opinião não conta.
Desculpem.

E eu me perdi nos meus
pensamentos contrarios
a esse tipo de vontade,
tentando criar algo
duro dentro de mim.

Espero não ter criado algo
duro
fora de mim.

Já esteve duro na verdade.
Mas você
não merece
sujeira.

A minha vontade era simplesmente
pegar você pelos braços
andar quilômetros e quilômetros e
sentar.
Fazer o que ja fizemos e,
principalmente,
fazer o que falta fazer.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Voltei

Parece que fazem uns 5 anos que
eu não evacuo nada por aqui.
E nesses 5 anos eu descobri muitas coisas.
Poucas realmente
importantes.
Descobri por exemplo que
eu gosto muito de café.
Trabalhar pode ser divertido, perigoso
e chato
ao mesmo tempo.

Descobri que meus pais - assim como os seus-
mentem a maior parte do tempo,
só pelo fato de serem nossos
pais.

Descobri que
grandes amizades podem acabar em
uma ou duas
atitudes.

Descobri que hoje, para ter
uma família, você precisa
sentar na frente da televisão depois do trabalho,
planejar viagens, e principalmente,
conversar com a mesma pessoa o resto da vida.

Descobri que a atração pode te surpreender.
Diferenças de idade podem ir para o espaço, e
o babão
quem encena é você.

Descobri que as pessoas frias acabam só existindo,
por que perdem tempo
tentando existir
da maneira correta,
dos livros.


Descobri que David Bowie e Dostoiévski são
monstros sagrados.

E que deve-se escrever com mais frequencia.

Conviver com as pessoas pode ser interessante,
mas exige muito
esforço, e no auge dos meus
dezenove,
quando eu consigo um tempo sozinho,
me dou conta que
gastei muita
energia
com o quem não devia.

sábado, 5 de março de 2011

Irmãos sem ninguém entender...

O pior é que eu volto aqui do mesmo jeito. Com dificuldades de digitar, e conversando neste momento com pessoas...sei la, fúteis diríamos. A minha rotina de aulas voltou. A minha rotina de encontrar as mesmas caras todos os dias voltou. Isso falando dos meus "amigos" né, porque ainda tem gente da minha sala que eu nem conheço bem. Estudando 3 anos com os mesmos indivíduos.

Eles geralmente me acham um idiota drogado, que provavelmente não tenho a mesma capacidade cerebral deles, o que é errado. As vezes a minha capacidade cerebral é até maior. Eu sinceramente me sinto assim. Me sinto mais criativo e, principalmente, mais consciente...

Tem um cara na minha sala que é 3 anos mais novo do que a média da turma. O cara é adiantado, é um gênio.Na verdade ele é um Gênio, com letra maiúscula e tudo, só pros que acham que ele é isso. Eu acho ele um alienado bobão. Se a minha professora de 5ª serie tivesse dado a mesma matéria que deu pra ele (ou a boceta) pra mim, hoje, eu com certeza seria um gêniozinho igual ele.

Quem sabe um dia ele leia Dostoiévski e, caia na real de que, qualquer bosta, só traz bosta, pra merda que flutua em nossa volta.

Não me acho um grande leitor de clássicos críticos e indicados pelas melhores academias, na verdade eu costumo ler o que gosto, o que me atrai, e o que me atrai, não tem nada a ver com quem fala merda.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The passenger.

Ultimamente até os Beatles eu tenho achado uma merda. Tenho acessos de inconformismo que me fazem dar pulos e me arranhar todo. É claro que eu não faço nada disso. Mas por dentro, eu faço até mais. Porra, que merda é essa que ta acontecendo.

Fazem alguns dias que eu estou tentando começar a trabalhar. A vaga já é minha. Só preciso assinar o contrato. Alguns dias atrás estava tudo dando certo, o que é estranho. Sempre esperamos algo de ruim, e quando isso acontece, de certa forma nos satisfaz. Faz nos sentirmos espertos. "Porra, eu tinha certeza que isso ia acontecer". Se não tomou providências é porque achou que ia ser legal. Além do fato de nos sentirmos espertos, nada de bom acontece.

Comecei a me esconder, de novo. Outros hábitos. Velho hábito. A luz amarela acende. A cabeça volta a trabalhar em força máxima, geralmente com a ajuda dos entorpecentes haha. Força máxima pra mim. Tenho a invencível mania de me esconder, porque não sei disfarçar, apesar de parecer um camaleão.

Os meus textos são chatos. Sempre falo da mesma merda. É porque ultimamente ta sendo meio forçado. E não é porque eu mudei o estilo da escrita. Ta sendo forçado pelos mesmos problemas de sempre. A mesma cabeça que se não é doentia, tem muitas tendências a ser - e eu me orgulho disso- em breve. Tudo isso eu faço força pra colocar pra fora, de qualquer forma. A escrita me ajuda as vezes, mas parece que quando eu realmente quero colocar algo pra fora, minha cabeça de verdade se esconde de mim. Daí vem o hábito de escrever bêbado. Na verdade veio dos poemas do Bukowski e porque é bom pra caralho encher a cara sozinho e martelar essa merda aqui. E tudo o que os meus sentidos perceberam e eu considerei importante, - - as benditas sensações - eu passo pros sentidos de vocês. Sei la quem. Se é que alguém lê isso aqui. O que importa é que o meu pai foi alcoólatra e o meu padrasto teve pancreatite. Estou bem servido de exemplos. Fora os ídolos né.

Como somos passageiros neste mundo, o consumo tende a aumentar cada vez mais. A televisão, a internet, a  cerveja e os cigarros, as cuecas e os enlatados. O aceleração do ritmo do fluxo de vida e da matrix, cresce, e, está apertando cada vez mais a minha cabeça numa morsa. Uma morsa chamada: MORTE COMUM.
Aquela história do Gregor Samsa, é o maior exemplo que eu li nos últimos tempos. E olha que o cara havia se transformado em um besouro, - ou barata, sei la. Claro que era só um exemplo, mas é bom alguém se transformar em uma barata as vezes pra que fiquemos espertos.

Enquanto eu estava escrevendo, eu fiquei pensando se no futuro, algum tradutor um dia iria colocar notas no rodapé do meu texto. Se isso acontece-se, ia perder toda a minha graça.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Aniversário.

Sapatos. Quando eu tinha os meus treze anos. É, mais ou menos por ai, eu nunca me imaginei usando sapatos. Sapatos eram coisas de velhos sem graça e sem energia. Eu jogava basquete, não bebia, não fumava e ainda não tinha comido ninguém. Eu demorei pra perder a minha virgindade. E perdi de um jeito horrível haha.Talvez seja por isso que hoje eu procuro a metida perfeita haha.

Ontem eu completei 19 anos. Eu deveria ter escrito algo ontem, mas ontem eu não bebi nada. E ainda por cima arranjei um emprego. Melhor deixar pra hoje. Umas cervejas na cabeça fazem as letras deslizarem como gelo num machucado. Doer, dói. É claro. Mas as vezes é a única coisa que cura.

Comecei falando dos meus treze né. Eu era um garoto prodígio. Modéstia parte, eu tinha tudo para ganhar uns 20 mil mangos por mês e comer quem eu quisesse. Eu era o centro das atenções, sabia disso, e gostava disso.

Hoje, dia 19 de fevereiro, meu aniversário foi ontem, foi como um dia qualquer, uma merda mesmo. Arranjei um emprego. Vai me fazer bem. Ou não né. Vou trabalhar com peões, o que me faz um peão. Vou ganhar uma grana, comprar um tênis legal, fazer uma tatuagem, pagar uns sorvetes pra uma garota do meu gosto. Enfim, finalmente, finalmente vou ser mais uma mula no rebanho.Porra quando eu tinha os meu 16 eu lutei tanto contra isso. E agora que eu estou na merda dos meu 19, estou tão feliz por isso. Sabe, antes de chamar qualquer criatura -os evangélicos prefeririam criação- de hipócrita, pense umas 5 vezes. Quem sabe 5 vezes sejam  suficientes, para você se ligar que, a santa hipocrisia faz parte, da vida de qualquer indivíduo de merda.

Hahahahah Antártica sub zero me faz peidar e The Doors me faz viajar.

Que situação hoje. Quando eu tinha meu 13 eu adorava ser o centro as atenções. Eu fazia isso muito bem. É verdade. Eu era capaz de ser conhecido na cidade. E eu de fato era. E hoje, em plena festa de aniversário dos 19, me da náuseas. Não me sinto bem com tanta gente reparando em coisas do tipo: "puxa vida, ele cresceu, vamos ver se ele não vai fazer nenhuma besteira a mais né? Agora ele pode ir pra cadeia"


Quando eu vejo nos olhos das pessoas pensamentos como esses (ainda mais nos olhos de parentes que são muito fáceis de analisar), eu penso em um boquete. É gostoso, você não faz nada, só fica ali parado. Vendo as outras pessoas se foderem pra pensarem coisas cada vez mais coisas absurdas a seu respeito. Nessas horas, relaxe e curta o fluir da, do da do da do da do...

Mais uma cerveja desce e, já não posso fazer nada. Eu realmente gosto das coisas que me fazem reais. Tipo um cigarro, um litro de brahma, ou uma conversa com o André. Apesar de me fazerem viajar, eu me sinto com os pés no chão. Tipo: Eu sou o José Gabriel, sou assim, quero ser assim, mas ainda estou assim. São grandes passos. Inúteis passos. Mas e ai, quero ser assim, cara. Sou assim, cara. Tento ser um cara legal ,cara. Chego em casa e me sinto um idiota, cara.

As vezes, quem você é, tem muito a ver com quem você encontra. Ou convive. No meu caso é com quem eu me encontro. Parcialmente. Eu geralmente tento ser um camaleão. Sinceras desculpas. Eu acho isso um insullto.  Foda-se, desculpem-me. Mas um camaleão tem a habilidade de adaptar-se.

Eu escrevia poemas, que pra mim, eram um lance de pensamentos, tipo:

E a minha mãe hein,
que me fez escutar música ruim
o meu aniversário inteiro e
aproveitou mais do que eu,
ainda bem que ela não sabe que
a minha hora
de
realmente
aproveitar
é
de
ma
dru
ga
da.

Os meu poemas são merdas desse jeito.
Já estou com 19 anos. Sou forte. Queria ser um esportista, ou um guitarrista viciado em cocaína, capaz de sustentar o vício - ser um guitarrista viciado em cocaína é muito fácil hein - e vamos ver o que rola pra frente.

Vou continuar escrevendo. Poemas ou sei la o que. As letras vão continuar ai. Meus parentes vem me visitar em todos os aniversários. Quero evitar isso. Assim como quero evitar a lida de bons escritores por pessoas erradas. Existem um lance de merecimento ao meu ver. Já são 01:54 do horário novo. Quem sabe eu termine isso amanhã.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Passando do céu pra merda total em alguns minutos

Tive um dia produtivo. Fui no bar. Vi uma velha amiga, fiz uns amigos novos, pena que não joguei sinuca. Mas mesmo com tudo isso, conheci um poeta. E o cara era um poeta de verdade haha.Fazia teatro, me falou da sua vida. Não sei se foi por causa da bebida, mas eu fui um tanto sentimental. Normalmente eu não daria um pedaço de bosta pra ele.

Esqueci de depositar um dinheiro no banco, o que me atrasou a vida. A hora que eu lembrei que tinha que fazer essa merda, os bancos já estavam fechados. Porra, enquanto todo mundo está trabalhado suado, algumas pessoas estão fechando os caixas. Não deveriam fechar enquanto eu estou no bar. Mas eu já tinha tomado umas três cervejas. E aquele lance da rádio, eu consegui ser vitorioso. Hoje foi uns 75 por cento.

Eu cheguei no bar e ela ainda não estava la. Pedi uma cerveja e troquei uma idéia comigo mesmo. Porque diabos eu teimo em ser tão pontual. Isso que eu perdi um relógio que nem paguei ainda. Mas eu insisto nisso, sem querer. Se você é, ou pelo menos tenta, ser pontual em um mundo como este, que ninguém conhecido é pontual, você é um idiota. Tenho me sentido assim sempre que marco algum compromisso.

E um compromisso é uma merda. Te apressa e faz mais uma vez pensar em uma situação que, não vai sair como planejado, Nunca vai. Grande merda. Hoje no bar eu conheci um cara legal. Legal para os meus padrões. Incrível isso. Hoje em dia nem meus amigos estão legais para os meus padrões. Só sabem falar de drogas e tal. Ou de ressacas astronômicas que já tiveram. Foda-se isso. Já tentei ser legal falando isso e nunca consegui. O problema é que eles insistem. Isso é meio que como a música. Sempre tento escutar as coisas que dizem que é bom. Dificilmente gosto. Pra uma música, ou uma pessoa qualquer me agradar, não precisa muito. Só não finja merda nenhuma.

Tipo a minha mãe. Quando eu completei os meus 18, descobri que ela é uma enorme fingidora. O pior disso é que, quando não finge, é chata. Ela lê algo como "buceta" no meu computador e já acha que isso me torna um bandido. Mãe, se você soubesse com quem eu ando, você com certeza, COM CERTEZA, ficaria mais calma. Aí vai de você mãe, se você quer conhecer uma pessoa de verdade ou não. Porque geralmente você só ve o nariz dos caras que eu te apresento. E sim, eu provavelmente ando com futuros bandidos.

E o poeta que eu conheci hoje. Ele era um cara que estudava teatro. Era separado e tinha saudades da filha. Me falou um pouco sobre isso, mas esses lances de filhos longe dos pais nem me comovem mais. Gostei de um poema que ele recitou da Cecília. Depois ele recitou um dele também, que por sinal eu gostei. Se era bom não sei. Não tenho capacidade pra dizer se alguma coisa é boa ou não. Geralmente eu acho as coisas que dizem boas uma porra sem destino. Só gosto do meu veredicto. O poeta era bom, gostava de beber, conheceu o Tim Maia e uns atores por ai. Vai saber né. Eu por exemplo sou um desses loucos que saem inventando merdas por ai. E mais um idiota que sai dizendo merda em forma de linhas.

O ponto alto da noite foi quando eu cheguei em casa. Pensei que estaria todo mundo na sala. Vou correndo para o meu computador. Que nada. Estava todo mundo na cozinha e com uma visita. E ERA DO QUARTEL hahahhhaah.Quase ri na hora uqe vi a cena. Um filho chegando um tanto embriagado e fedendo cigarros. Um padrasto que, pra falar a verdade, nem se conforma  mais com o filho que criou.Uma mãe que spo se assusta e fala bosta. E um tenente do quartel. Pelo menos era gente boa. Consegui ser sociavel, apesar de me sentir no meio de escrotos levados pelo bando. Tá, até eu me entreguei as vezes.

Sinto falta do meu uísque e um baseadinho. Solitário. Essa vida de partilha já está me matando. Minha mãe me chama até pra cortar um bolo. Quem sabe um dia eu tenha que limpar a bunda do meu pai. Vai ficar cagado haha, Na verdade nem sei. Quando falam que o mundo da voltas, é em uma dessas que ele pode me pegar.

Pra você ter uma noção de qunto o mundo da voltas, o cara do bar acaba de me ligar. Dizendo que eu estou devendo e que minhas amigas não vão sair de lá enquanto eu não for pagar. Me fodi. Querendo ser esperto haha. Acabei de saber que eu adquiri uma divida de 17 reais haha. O cara ligou de novo. Pelo menos liberou meus amigos.

Meus pais estão na cozinha, comentando sobre a cena do tentente. Que eu não conversei direito com ele, que parecia que eu tinha vergonha e,vergonha de nada. Na verdade, eu tenho vergonha deles. Me desculpem, mas sim, eu teho vergonha dos meus pais. Eu tenho vergonha de toda essa merda mentirosa que cresceu em minha volta. Parentes que na verdade não eram meus. Sentimentos que na verdade não eram meus. Não vejo a hora de ir embora. Estou desesperado. E a bebida me traz isso. Eu sempre soube, no fundo, bem no fundo, que sempre que eu bebi, um certo desespero se abatia sobre mim. Não vai mudar. E eu não quero mudar. Só quero mais um copo e, calma, sossego, solidão. Que todos queimem da forma mais prazerosa possível, pra mim.

Na cozinha a discussão não para. E para sem acento. Fiquei sabendo esses dias que não tinha mais. Eles provavelmente sabem da minha dívida. Mas não tem nada a ver com isso. Nada mesmo. Tem a ver com a solidão, que eu sempre busquei, a cada conversa que eu tive com eles. A cada vez que eu descobri um pedaço diferente das vidas deles, eu quis estar mais só. Só eu, o computador, e qualquer bebida que seja.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Festas fodidas

Antes de ontem eu fui a uma festa. Era uma festa em outra cidade, graças aos deuses. Era uma festa de despedida, onde ninguém se despediu, a não ser no momento em que cada um foi pra sua cama.
Estava animada, tinha bebidas e mulheres lindas. Robustos pares de seios haha.

A cada gole de bebida que entrava, a festa animava e o meu alter ego se assentava melhor no meu corpo.
Comecei a me achar simpático, como sempre, e conhecer pessoas. Comecei a me decepcionar.
O problema sou eu que espero coisas fantásticas de todos. Conversei com uma garota linda, uma das mais lindas que já conversei sem dúvida e, por comodismo do destino, ela não entendia nada do que eu queria falar. Isso que eu só queria uns beijos e o restante. Menti qualquer coisa, só para sair de perto dela.

Saí perguntando se as pessoas tinham um baseado. Já prometi a mim mesmo várias vezes que não ia mais fumar baseados.

Achei um. Fumei-o. Acompanhado. Não gosto de fumar baseados acompanhado, nem por grandes amigos. Não gosto mais, mas já gostei. Pra mim faz mal. Sempre afasto as pessoas pelo simples fato de que, quando eu fumo um mísero baseado, eu olho só para dentro de mim e vejo lixo. Olho pra fora e vejo lixo, mas o pior não é isso, o pior é que quando eu olho pra fora, para os outros, eu sempre tento agradar todo esse lixo que gruda em mim. Agradar lixo, com lixo. Só eu tento fazer isso.

Vamos voltar para a festa. Eu quebrei um copo chique. Isso foi em uma praça do centro da cidade. Não quebrei por negligência ou descuido. Hahahahha.Quebrei a porra do copo porque ele era de uma garota que não me largava e que não se fazia o mínimo possível suportável. Então a unica saída que eu encontrei para quebrar o gelo do ambiente, foi lançar o copo a uns 4 andares de altura e ver a cara de bunda dela.

Conversei também com uma garota super legal que estudava comigo. Talvez ela foi super legal por que eu nunca esperei nada dela. Não sei, só sei que ela foi super legal.

Falando em garotas, eu ia posar na casa de uma e, eu não sou bobo nem nada. Talvez por isso que na hora que, era pra ser o ponto alto da minha noite, sentamos na cama e jogamos, conversa fora. Que rosto lindo. Provavelmente o mais lindo que eu já vi. Nenhuma garota da festa tinha algo parecido com isso, nem a dos seios enormes que não me entendeu. Não rolou nada, e eu gostei disso. Sexo é sexo. Eu estava precisando de sexo e, se rolasse não seria sexo, seria algo maior, que pela manhã, pela ressaca, ia perder todo o seu valor.

Quiseram me bater na festa. Não lembro os motivos. Acho que foi o baseado ou minha camisa preta. Estou me acostumando com isso, apesar de não gostar.

É com essa sensação que eu voltei pra casa. Estou acostumado com toda essa merda podre. Essa mesma cidade fodida, com essas mesmas pessoas fodidas. O mesmo quarto, as mesmas redes sociais. a mesma mãe te pedindo algo ou fingindo algo. Irmão, pai, amigos e festas. Cansa. Me ilude. E é tudo besteira.
A cada festa, a janela parece mais atraente, e as pessoas menos.

Eu sei que essa não foi a minha última festa. Essa ainda está longe. Na verdade, não sei. Já tenho uma parceira muito atraente para dançar comigo na última festa. Carrego ela no pescoço, como uma idéia, uma das mais agraciadas idéias, pelo simples fato de ter sido uma das últimas coisas a passar pela minha cabeça na vida. E levar consigo tudo o que eu já passei, a cada garrafa que tomei, a cada cigarro que fumei e a cada pessoa que xinguei.

Contanto que na última festa eu esteja sozinho, vai ser proveitosa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Madre Teresa

Hoje eu peguei...
não, espera um pouco.
Há alguns dias eu venho
pegando o meu violão e
brigando com ele
de maneira que,
eu procuro a casa
vermelha e
chego perto.

Também pode ser o quarto branco ou
ou um amor inteiro,
ou o copo de vinho que
maltrata.

Mas para aqueles que apreciam,
não a bebida em si,
mas as conseqüências
sempre atingidas, - mas nunca
semelhantes-
deixem se levar.

A recompensa atingida é
aprender
a apreciar
a bebida
em si.

As conseqüencias atingidas,
podem ser:
sentires falta dela, a ponto de
rouba-la de alguém.
Só não roubes do teu pai,
a tua mãe pode descobrir.

Perder-se na paixão e
troca-la pela sua família.
Qualquer família que
você considere família.

Achar que ela vai te tirar da tristeza
permanentemente, ou
aumentar a sua felicidade, ou
fazer algo acontecer,
quando na verdade o que acontece
ja é o suficiente.
O problema é que
a sua
personalidade -forçada ou não-
...

E ela também faz você perder a porra do raciocínio.

Por isso jamais pense que a bebida pode te transformar num
grande escritor.

As mãos ficam trêmulas.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Manual pessoal (ou tutorial próprio)

Eu não me importo com quem você é
eu também não me importo com o que você está
trazendo de
bom.
Eu geralmente
só quero saber como
nós vamos
nos dar.

Eu costumo me entregar
meio que
de cara,
já você
sei lá,
ainda mais se eu te conheci
do jeito que
minha
consciência
aprecia.

Se foi assim
há uma grande probabilidade de
você fazer o meu jeito,
no momento.

Simples assim.

Se você for
uma garota
insensível,
aí o
bixo pega.

Sou de correr atrás.
Não mais do que 3 minutos.
É verdade.

Tenho paciência com o meu irmão,
com os meus pais,
e com as mulheres,
no caso
minha mãe.
Já as mulheres que
entram na minha vida
desse jeito,
como vocês costumam entrar,
como eu gosto de fazer vocês entrarem,
não tenho paciência.

É um puta teste,
para mim
e para
vocês.

Eu posso querer,
vocês querem,
e mesmo assim, quem cede primeiro
geralmente
sou
eu.
hahahahhah

Quando eu penso em mulheres,
eu geralmente lembro de escadas,
de como eu passo por uma e
conheço
a outra.

E quando eu me lembro de
escadas,
eu lembro de
degraus.
haha

Você começa por baixo.
Sobe um
dois
três
ou quatro,
pára novamente.
O perfume é o mesmo,
a vontade é a mesma,
a boca tenta.
Prosegues.

Sobe outro,
vê o que acontece,
mais um,
nada se passa,
mas pelo menos estás se divertindo e
lutando, como um
boxeador
de estratégia em
estratégia.

Pare
fume um cigarro,
para parecer charmoso é claro.
Fume outro para
pensar no próximo passo.

À essa hora, se
ela ainda está sorrindo,
não pense
duas
vezes.

Já te beijei.
Provavelmente.

Se gostei
de você
por inteira,
minhas mãos já estão
nas suas pernas.

Se gostou

é mais uma
estória.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Esse ano eu escuto um trem
vindo
na minha direção e
trazendo um saco cheio de
mesmices.

Mesmas pessoas,
mesma escola,
mesmo pau,
e mesma família.

Me desculpem,
se eu não
enxergo
longe.