sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Afogar.

Triste.
Um velho cão triste e desalmado.
Com calos de rejeição,
diga-se de passagem que é uma rejeição provocada.
Ranzinza e gozador.
Introspectivo.

Na época de júbilo dos povos,
o único júbilo é a mulher,
a bebida e os cigarros.
Os escritores e os músicos também.

Mas isso é comum a vida toda.

E como é que a minha vida não é jubilosa?

Estou começando a desconfiar que eu sou uma ilha.
Ser uma ilha, em si não é uma coisa ruim,
mas o que cerca essa ilha pode ser.
No meu caso, merda.

Antes que aqueles leitores ávidos pela
bondade e tranquilidade de
espírito,
quase uma compaixão por mim,
venham me perguntar se a merda que me cerca
são eles, eu lhes explico.

À merda com tudo isso.

A merda é a merda,
vocês sabem do que eu to falando.
É o que vocês tanto falam,
o sêmen verbal que vem sendo cultivado com
péssima masturbação e
ejaculado em ouvidos atentos e
receptivos
para excrementos.
Relações sem porquê nem pra quê.

A merda que cerca essa ilha que vos fala,
e que está avançando cada vez mais para dentro da terra
é o arroto dado e escondido,
ou o arroto forçado.
Tudo a mesma merda.
A merda abundante também são os pais que
limitam os filhos sem pensar em
ensinar.
Limitam para que eles mesmo não percam as estribeiras
lidando com situações novas.

O pior tipo de merda é este,
que está bem na beira.
Te transformando em velho, preguiçoso, rabugento
e sem graça.

A merda é esta ilha também,
que não quer se entregar que é merda
por não saber o que fazer quando a outra merda avança.

Então, nessa época jubilosa
ficarei por aqui,
enquanto a maioria goza do gozo infértil,
gozarei do mesmo gozo que sempre procurei.
Se isso não acabar me afogando...

sábado, 17 de dezembro de 2011

E agora, quando a coisa
torna-se
mais

ri
a...

Quando a coisa torna-se mais séria,
eu descubro que na minha
nova
fa

lia

Encontram-se, nada mais
nada menos,
do que os sósias,
tanto do Dr. Gonzo,
quanto o sósia do
Bukowski.

Agora eu me pergunto...
devo amar a minha mulher?
Ou devo simplesmente pensar que aquele corpo esguio e
esperto
deve me
ignorar até o
fim dos tempos?

Problemas

Boa noite pra vocês.
Pra vocês que
assim como eu,
quando vem um filho da
puta
e,
oferece a mão para lhe cumprimentar ou
conhecer
sabe que cumprimenta só pela situação.

Boa noite pra vocês que
quando alguém mostra mais do que
o braço além da manga,
sabe como se portar.

É.
No decorrer desse ano
as pessoas vieram,
e vieram
e...
vieram.

E mais nada.

Por força, ou
talvez descuido
desses tais
deuses,
essas pessoas passara desapercebidas pela
minhas pessoa.

Desapercebidas não.
Elas sempre estiveram ali.
Enquanto você martelava pra lá,
elas martelavam pra cá.

A mínima que eu posso atribuir à
elas
é o simples e não-tranquilo
venham e chupem-
me.

Muitas vezes elas pesaram na minha mente,
mas hoje
olhando para trás,
eu estou aqui e,
elas ali...

Para quê melhor do que isso?