domingo, 17 de março de 2013

Mordeção.

E daí
quem fica
se mordendo
é

você.

A noite toda
você achou que
ela
faltaria.
Mas ela estava ali,
martelando em seus
dentes.

Te fazendo ficar acordado
quando
ninguém quer
ficar
acordado.

Transformando
uma
grama
no melhor lugar
da
face
da
terra.

Todo mundo
coçando o cu
com
um
garfo.

Nada
faz sentido.
Só o que eu planejei com você.
E todo mundo,
jurando
que
fala a
verdade,
mas
realmente,
ninguem se lembra
ou
sabe
do que
termina a noite
falando.

Uma vez a
minha mãe
me deu
um olhado.
Para manter
a mesa
sempre limpa.

Minha mãe
nem curte
esse tipo
de
música.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Lembrei de nós.

Sei muito bem
de tudo
que fiz
e mais ainda
do que faço.

Correria do caralho
atrás do passado
nunca perdido,
mas
mais ainda
do futuro que
deixei escorrer.

Se agora aperto
as minhas mãos
tentando
segurar
e reavivar
a fagulha do
vulcão todo,
é pura e
simplesmente
por
querer provar
e voltar a amar.

O tempo que
salva
tudo
e todos
há de fazer
seus olhos abrirem
meu pinto broxar
e você
se lembrar.

Lembrar do que
interrompi.
Percalços no nosso caminho
surgindo aos poucos
como
pai e mãe
conforme se envelhece.
Mas sempre se
cresce
e se aprende.

Certamente há um
motivo
escondido que,
mesmo
nas mais obscuras profundezas
de tudo  que produzimos
juntos,
vai te fazer acreditar.

Crédito
não tenho.
Sinceridade
de sobra.
Arrependimento
sou eu.

Não se deixe
vencer
pela minha natureza.
Me salve.

A cada choro
o soluço
é o grito do desespero
desamparo
e súplica.

Lembrei de nós dois construindo um futuro.

terça-feira, 12 de março de 2013

O morro foi feito de samba e o samba pra gente se amar.

Com a
marca da mentira
ainda
estampada na minha cara,
corri atrás
da redenção
não merecida.

Com o coração
esfacelado
não igual ao
teu
tentei
não pela última -
mas quem sabe
esta tenha sido
uma delas-
fazer
reviver.

Não deixe o samba morrer.

domingo, 3 de março de 2013

Perdão.

Enquanto o coração
implora
a cabeça se curva, se castiga e
chora.

Enquanto estou aqui
você também deveria,
principalmente
no mais 
melancólico domingo
que existiu.

Coisa estranha
de querer morrer
e por ser minha
a derradeira culpa
só espero
a paciência aparecer.

A idiotização
da satisfação.
Enquanto isso
amor, sexo,
casa, comida,
planos e paixões
esquecidos
por um nada.

Quem sabe hoje,
quem sabe um dia,
volte a aquecer 
um coração frio
que no mais melancólico domingo
pede perdão.