domingo, 30 de outubro de 2011

Por onde anda.

De fato, essa vida agitada não serve pra nada. É uma conclusão que eu tirei depois de muitas farras,
bebidas, cigarros e por fim pessoas. Hoje você está ai, eu estou aqui, mas também tem outra pessoa aqui.
Não sei se é a pessoa certa, mas ela, e só ela tem me dado a atenção que você e outras não me deram.
E não é só pela atenção humana, quase platônica que eu sempre corri atrás. Talvez seja mais pela atenção
da carne.
Essa você poderia me dar, mas sempre preferiu ficar ai na sua, e me manter na minha. O humilde sempre tinha que ser eu. O humilhado sempre fui eu.
Talvez eu pequei por ser sempre esse sentimentalista barato que pra você escreve. Já percebi que o que é de verdade não te atrai. A aparência sempre em primeiro lugar.
Primeiro as unhas e as fantasias, depois os beijos.
Mas eu ainda posso fazer uma homenagem a você. Vou la buscar mais gelo, colocar mais músicas pra rolar e acender o meu último cigarro. Ele vai queimar tão rápido quanto a minha paciência.

Era uma vez um sábio bobo, o problema é que ele era um libertino.
Porém sábio.

Não queira me agradar, muito menos venha acender os meus cigarros logo agora que eu tenho alguém que pode fazer isso por mim, e o melhor, sem se mostrar.

Já me acostumei com tanta bebida forte, por que não me acostumaria com merdas de mulheres fracas?
Não dá tempo pra ficar pensando nessas coisas que você tornou banais. Não dá mais tempo.
To num ritmo corrido, e com alguém que me acelera.

Você que já passou pela minha cama, na minha cabeça, devia valorizar isso.
Não é grande coisa, não sou grande coisa, mas já não é uma relação pra simplesmente ser jogada fora. Até porque eu sempre imaginei tudo no sentido mais platônico. Quase cristão, isto é fato. Só me esqueci que a moda agora é o halloween.

A moda agora é ser niilista, crente de que está certo. Se for pelas aparências (e claro que é) você está correta.
E você se pergunta... " aonde ele está com a cabeça?", mas antes você deveria se perguntar "aonde é que eu estava com a cabeça?"!

Agora minha cabeça está tranquila, deitada em uns seios, muito belos por sinal.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A confusão fica tão grande
incompreensível e feérica
que surge a real hipótese de
você ser simplesmente um
canastrão.

Uma pessoa de alma ruim,
um músico que vai improvisando
de qualquer maneira,
sem controle
do seu
instrumento.
E sempre sai alguma coisa.

Uma alma desgovernada e
maldosa.
Sagaz e sábia.
Sem pudor algum.
Uma lâmina que
além de cortar de ambos os lados
é jogada de um precipício
a cada vez que acorda.

E não se sabe porque.

Só se sabe que é algo
perigoso,
as vezes vergonhoso,
mas inevitável.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

É por um motivo que...

A bebida já nem fez tanto efeito.
Uma outra
que não é qualquer outra,
me apareceu e
vem aparecendo.

E agora, que você
homem
másculo
tenta se definir,
tem a
tão esperada chance
de se mostrar um cara
legal e
fi-el
(não lembro nem como se separa isso direito)
surge uma mulher muito,
mas muito linda e
muito, mas muito o seu jeito.

Sabe que...
não importa.

Tem o lance da espera.
Tem os lances dos
nuances,
as danças,
e finalmente os
beijos amassados.

Não falta muita coisa.
A única coisa que falta
realmente
é a segurança de
você estar
sempre aqui.

E eu não escrevo essas coisas
com frequencia,
até porque
sempre fui um cara
durão.

Quando bate forte,
qualquer coisa dá certo e
prossegue,
você fica tão bobo
que nem se da conta que
vai,
sim,
de fato vai ter
um fim.

Só espero que eu recobre meus sentidos
muito depois desse desfecho.