quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The passenger.

Ultimamente até os Beatles eu tenho achado uma merda. Tenho acessos de inconformismo que me fazem dar pulos e me arranhar todo. É claro que eu não faço nada disso. Mas por dentro, eu faço até mais. Porra, que merda é essa que ta acontecendo.

Fazem alguns dias que eu estou tentando começar a trabalhar. A vaga já é minha. Só preciso assinar o contrato. Alguns dias atrás estava tudo dando certo, o que é estranho. Sempre esperamos algo de ruim, e quando isso acontece, de certa forma nos satisfaz. Faz nos sentirmos espertos. "Porra, eu tinha certeza que isso ia acontecer". Se não tomou providências é porque achou que ia ser legal. Além do fato de nos sentirmos espertos, nada de bom acontece.

Comecei a me esconder, de novo. Outros hábitos. Velho hábito. A luz amarela acende. A cabeça volta a trabalhar em força máxima, geralmente com a ajuda dos entorpecentes haha. Força máxima pra mim. Tenho a invencível mania de me esconder, porque não sei disfarçar, apesar de parecer um camaleão.

Os meus textos são chatos. Sempre falo da mesma merda. É porque ultimamente ta sendo meio forçado. E não é porque eu mudei o estilo da escrita. Ta sendo forçado pelos mesmos problemas de sempre. A mesma cabeça que se não é doentia, tem muitas tendências a ser - e eu me orgulho disso- em breve. Tudo isso eu faço força pra colocar pra fora, de qualquer forma. A escrita me ajuda as vezes, mas parece que quando eu realmente quero colocar algo pra fora, minha cabeça de verdade se esconde de mim. Daí vem o hábito de escrever bêbado. Na verdade veio dos poemas do Bukowski e porque é bom pra caralho encher a cara sozinho e martelar essa merda aqui. E tudo o que os meus sentidos perceberam e eu considerei importante, - - as benditas sensações - eu passo pros sentidos de vocês. Sei la quem. Se é que alguém lê isso aqui. O que importa é que o meu pai foi alcoólatra e o meu padrasto teve pancreatite. Estou bem servido de exemplos. Fora os ídolos né.

Como somos passageiros neste mundo, o consumo tende a aumentar cada vez mais. A televisão, a internet, a  cerveja e os cigarros, as cuecas e os enlatados. O aceleração do ritmo do fluxo de vida e da matrix, cresce, e, está apertando cada vez mais a minha cabeça numa morsa. Uma morsa chamada: MORTE COMUM.
Aquela história do Gregor Samsa, é o maior exemplo que eu li nos últimos tempos. E olha que o cara havia se transformado em um besouro, - ou barata, sei la. Claro que era só um exemplo, mas é bom alguém se transformar em uma barata as vezes pra que fiquemos espertos.

Enquanto eu estava escrevendo, eu fiquei pensando se no futuro, algum tradutor um dia iria colocar notas no rodapé do meu texto. Se isso acontece-se, ia perder toda a minha graça.


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