domingo, 13 de fevereiro de 2011

Festas fodidas

Antes de ontem eu fui a uma festa. Era uma festa em outra cidade, graças aos deuses. Era uma festa de despedida, onde ninguém se despediu, a não ser no momento em que cada um foi pra sua cama.
Estava animada, tinha bebidas e mulheres lindas. Robustos pares de seios haha.

A cada gole de bebida que entrava, a festa animava e o meu alter ego se assentava melhor no meu corpo.
Comecei a me achar simpático, como sempre, e conhecer pessoas. Comecei a me decepcionar.
O problema sou eu que espero coisas fantásticas de todos. Conversei com uma garota linda, uma das mais lindas que já conversei sem dúvida e, por comodismo do destino, ela não entendia nada do que eu queria falar. Isso que eu só queria uns beijos e o restante. Menti qualquer coisa, só para sair de perto dela.

Saí perguntando se as pessoas tinham um baseado. Já prometi a mim mesmo várias vezes que não ia mais fumar baseados.

Achei um. Fumei-o. Acompanhado. Não gosto de fumar baseados acompanhado, nem por grandes amigos. Não gosto mais, mas já gostei. Pra mim faz mal. Sempre afasto as pessoas pelo simples fato de que, quando eu fumo um mísero baseado, eu olho só para dentro de mim e vejo lixo. Olho pra fora e vejo lixo, mas o pior não é isso, o pior é que quando eu olho pra fora, para os outros, eu sempre tento agradar todo esse lixo que gruda em mim. Agradar lixo, com lixo. Só eu tento fazer isso.

Vamos voltar para a festa. Eu quebrei um copo chique. Isso foi em uma praça do centro da cidade. Não quebrei por negligência ou descuido. Hahahahha.Quebrei a porra do copo porque ele era de uma garota que não me largava e que não se fazia o mínimo possível suportável. Então a unica saída que eu encontrei para quebrar o gelo do ambiente, foi lançar o copo a uns 4 andares de altura e ver a cara de bunda dela.

Conversei também com uma garota super legal que estudava comigo. Talvez ela foi super legal por que eu nunca esperei nada dela. Não sei, só sei que ela foi super legal.

Falando em garotas, eu ia posar na casa de uma e, eu não sou bobo nem nada. Talvez por isso que na hora que, era pra ser o ponto alto da minha noite, sentamos na cama e jogamos, conversa fora. Que rosto lindo. Provavelmente o mais lindo que eu já vi. Nenhuma garota da festa tinha algo parecido com isso, nem a dos seios enormes que não me entendeu. Não rolou nada, e eu gostei disso. Sexo é sexo. Eu estava precisando de sexo e, se rolasse não seria sexo, seria algo maior, que pela manhã, pela ressaca, ia perder todo o seu valor.

Quiseram me bater na festa. Não lembro os motivos. Acho que foi o baseado ou minha camisa preta. Estou me acostumando com isso, apesar de não gostar.

É com essa sensação que eu voltei pra casa. Estou acostumado com toda essa merda podre. Essa mesma cidade fodida, com essas mesmas pessoas fodidas. O mesmo quarto, as mesmas redes sociais. a mesma mãe te pedindo algo ou fingindo algo. Irmão, pai, amigos e festas. Cansa. Me ilude. E é tudo besteira.
A cada festa, a janela parece mais atraente, e as pessoas menos.

Eu sei que essa não foi a minha última festa. Essa ainda está longe. Na verdade, não sei. Já tenho uma parceira muito atraente para dançar comigo na última festa. Carrego ela no pescoço, como uma idéia, uma das mais agraciadas idéias, pelo simples fato de ter sido uma das últimas coisas a passar pela minha cabeça na vida. E levar consigo tudo o que eu já passei, a cada garrafa que tomei, a cada cigarro que fumei e a cada pessoa que xinguei.

Contanto que na última festa eu esteja sozinho, vai ser proveitosa.

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