quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Eu acho

A tal da prudência
tão bem quista entre os
engenheiros, e baixareis, e
diplomatas e,
quem quer que seja
que não gosta do ácido
ou do sutil.

Pregam a prudência
com as mulheres
com a bebida e as drogas.
Mas uma calcinha vermelha com as bolinhas
brancas e
bem justinha
não merece prudência alguma.

Quem tem estilo
dá espaço para a prudência
somente nos momentos
que passam despercebidos.

Quem vê uma calcinha
ou um copo cheio e
não lembra da prudência,
tem o seu estilo.

Os homens tem por
principal desejo
domesticar uns aos outros,
cada um dentro da sua vaidade.

Os caras com estilo,
aqueles que ninguém sabe uma vírgula
sobre o que o cara caga ou come -
mas todo mundo quer, ou acha que sabe -
mantem-se por cima,
seja de ressaca,
dando bafo ou
caídos.

A prudência
acabou
quando eles saíram das suas mães e
começaram a ganhar o mundo,
e as calcinhas e os peitos.

Acabou quando eles aprenderam a escrever,
falar puta merda, encher o saco
e questionar qualquer bosta.

A prudência, pra esses caras,
acabou quando o primeiro copo cheio,
amargo, duro, gelado, envelhecido e
temido
foi seco,
sem relutância alguma.

Seus amigos e parentes
aconselham a
ser prudente.
Sempre vêm com aquelas estórias
de moral, e imagem.

E o estilo?
Aonde fica o estilo?

Pra vocês pode não ter,
mas todo ser imprudente
em certo ponto do ego
tem um estilo,
alimenta um estilo.
(Não vamos entrar em detalhes de opiniões.)

Alimentar um estilo imprudente
pode te tornar sexy e
perigoso.
Destrutivo.

Mas se for para destruir,
destrua da maneira mais emblemática possível.
Destrua do seu jeito,
com o seu estilo.

É como eu escrevendo.
É claro que eu estou me destruindo.
Todo mundo mete o pau em tudo isso aqui,
mas eu mantenho o meu estilo.
Não imponente,
muito menos bom.
Porém imprudente.

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