sexta-feira, 22 de julho de 2011

E faça-se a endorfina.

Euforia.
É isso ai.
Depois de tantas batalhas
empatadas,
tantas oportunidades de
escanteio, (eu era a bola)
aconteceu.

Agora só queremos
deitar e que
deitem do nosso lado.
Se encolham na mesma posição que nós.
Compartilhar o vinho,
Velvet Underground,
o ácido, e
os dentes.

As ideias?
Fodam-se as ideias.
Elas só trazem a discórdia.
Depois de tanto martelar
deixemos as idéias de lado.
É claro que elas divergem.
Deixemos as idéias pra
troca de alianças.

E a euforia
é gostosa.
Vamos fazer só
aquilo que nos vicia,
mais e mais
na endorfina.
Como da primeira vez
que nossos dentes se cruzaram.
E as línguas desejaram.
Não necessariamente uma a outra.

A carne faz correr
atrás.
Seus instintos femininos sempre te impediram
de correr.
Sempre te recomendaram a esperar-me.
Você sabia que eu ia me afobar.

A carne me fez correr tanto,
tropiquei.
Mas foi bom eu correr demais,
assim eu passei batido do seu lado
e espiei que havia
mais que carne
nessas coxas.
E nessa boca. Que boca.

Calcinhas, cabelos, coxas,
palavras, bunda, gestos, sotaques,
tudo isso me excita.
Não mais que a endorfina.

Quem traz ela pra mim,
me ganha.
Você tá no caminho.

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