domingo, 22 de agosto de 2010

O ignoro do taxista.

Esqueceram de mim
literalmente, e em uma situação um tanto quanto
estranha.
É verdade que eu havia
bebido demais, mas nada explica o
abandono de que fui vítima.
Quando dei por mim eu já havia dormido umas...
nem sei quantas horas.
Abri os olhos para procurar alguém e
ali estava eu completamente atordoado
e sozinho. Esqueceram de mim, assim como
eu me esqueço deles e
de mim.

Isso não se faz.
E como voltar pra casa
foi o que surgiu como teste final da noite.
Uma caminhada de...
nem sei quantas horas,
estava pela frente, junto ao frio,
ao escuro, a insegurança e a solidão.

É bom beber e não conseguir lembrar de tudo no dia seguinte.
Quando isso acontece eu carrego um peixe-boi na minha consciência.
Mas quando eu lembro de tudo,
que eu não consegui me controlar em
momento algum, que
eu perdi as estribeiras mais uma vez e
toquei o foda-se mais uma vez
eu me fodo e me deprimo mais uma vez.

Acho que a noite de ontem
serviu
para me mostrar que a
solidão
assusta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário