sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Época agiota.

O final dos anos tem chegado tão rápido,
mas em compensação
nunca traz algo de diferente.
E não adianta vir com essas utopias
de época festiva.
Pra mim não.

É a época em que
os nervos não estão mais à flor da pele,
você já não os tem desde que setembro
acaba.
E sempre falta alguma coisa nos meus finais de ano
desde que eu me dei conta,
do que se passa
num final de ano.

A maioria dos lugares se tornam 
repugnantes.
As cobranças se tornam cada vez mais covardes e 
infundadas.
A família aparenta estar melhor do que nunca, mas no fundo
você sabe que não é o amor que a une nessa época e sim a
vaidade.

Me aperta o coração todo dia que acordo
e penso que já estamos quase em dezembro.
A essa altura do campeonato não dá nem
tempo de pensar no presente da festa na qual
a coisa mais tradicional e incrível que há para se fazer é enganar.

Eu falo tudo isso pelo que me cobram.
Voltando para ler esse autoclismo espontâneo
que simplesmente sai
flutuando por aqui,
me dei conta que a rabugice que
se apodera
da minha pessoa
nessa época
dos infernos
me consome.

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