Sabe,
quando você
me acorda
roubando o meu espaço
na sua cama
enquanto dorme,
tenho vontade de te esganar.
Dizer tudo o que
te faria estremecer de medo.
Porra, somos enormes.
Não roube os meus espaços.
Os meus espaços são
meus.
Se eu lhe cedo algum,
pra mim isso é amor.
E quando você já faz parte da minha vida,
é porque já lhe entreguei mais espaços
do que pra qualquer outra pessoa.
Se você tem medo,
eu tenho medo.
Se não escrevo
é medo.
Se não digo,
é medo.
Se eu tenho medo,
voce estremece.
Se tenta me roubar
é medo.
Se tenta me guardar
é medo.
Não se deve mensurar medo,
mas o meu é grande.
E eu sou um puta patife
mascarando os
nossos
medos.
E você
é a garota que
me acorda
sorrindo e me
ajuda com os meus próprios
medos.
E o maior deles
é se perder
tentando me entregar mais
tornar isso melhor
mas vivendo outras vidas.
Vamos nos
permitir
ser
dois
por enquanto.
Um
eu ainda
temo.
Não é separação.
É arrumação.
E eu nunca soube
explicar
o motivo por
eu escrever.
Só quero
viver o que realmente
importa
para poder deixar você
olhar
dentro de mim e
perceber que
estou me perdendo
dentro de você.
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