quinta-feira, 12 de abril de 2012

Escuro.

Na noite,
no quarto escuríssimo e
na cama montada.
Orifícios procurando exploradores.
Inexperientes.
Só estávamos la pela bagunça e
pelo amor.

Depois da cachaça bem paga
o sorriso na cara não negava.
Eu quero!
É o que a sua testa estampava.
Era lindo ver isso.
Lindo lindo e
lindo.

E o músculo do interior da boca
quase com câimbra,
querendo passar a bola para o músculo chefe.
Demorou, mas o chefe enfim entrou na cena.

Restrições, conselhos e dicas.
Sempre sussurrados, aumentando a cada ciclo completado
o suor, a cola, as faíscas proferidas.
O barulho gritando: " FALTA DE RESPEITO, FALTA DE RESPEITO, INDECORO
PUTOS, MALANDROS, TARADOS"

Não tinha mais volta.
As únicas voltas eram as meias,
as meias voltas.
Vira pra la.
Agora levanta aqui, isso isso.
Vamos assim de novo.
E o olhar que já estava escondido,
pelo escuro e pelo prazer escrachado,
se perdia mais uma vez, dando meia volta,
dando lugar
às profundezas
das sensações.

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